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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Titulo - em branco

O tempo e as coisas caminham em um ritmo desconexo, realça a magnitude do pensamento e mesmo assim permanece. Cada instante, cada fração desse tempo que buscamos entender é a explicação para que nunca entendamos.
Por que são muitos os elementos da conversa, cada frase colocada. Se você postula mal essa ordem, pronto, é o fim do caminho. Ou o começo - já que o começo é sempre o fim de algum lugar. Um ciclo, uma promessa.
Muita informação, mas pode ser que informação nenhuma. Sabe, quando acordo faço o mesmo ritual. Abrir os olhos, depois fecha-los, pensar no dia que começa. E leio a mesma frase escrita a lápis no papel que colei a altura do pensamento: "Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off" (C.F.A)
Para vida seguir um caminho, tomar outro, voltar a bifurcação que lhe tirou o chão, isso só depende de nós. Somos autores do nosso próprio livro de sonhos. Se ali aparece um pesadelo, uma árvore sem frutos, uma lágrima pausada no canto do olho esquerdo, foi escrito por quem?
Temos então, uma página em branco. O meu livro já está amassado, marcado pela sombra do lápis escuro que escrevi com força e depois apaguei. Não sai do pensamento o que escrevemos, nem a borracha tira-nos a lembrança. As vezes, dou-lhes o direito de pegar a minha mão o lápis e dialogar com a minha página em branco. Aproveite. Esse tempo pode não ser por muito. Te ofereço o titulo, já me propõe direito a muita explanação.
E lá no fundo há um grande relógio que marca horas contrárias, sem sentido, para você não se perder. Não há atrasos. Então, segue, mas liberte-se para que os ponteiros do relógio volte a girar no sentido das coisas.